Que tal um pouco de poemas e versos? Vem comigo, vamos falar das melodias cantaroladas por pássaros engaiolados. Presos, vivendo em um área que mal dá para voar. Triste e solitário. Como dizem mesmo? Ah, desumano. É isso.

Você sabe do que estou falando? Acredito que sim. Mas sei que alguns dirão que não. Desculpe, mas não acredito que você em toda sua vida não tenha se deparado com uma cena dessas. Eu sei que já. Vê-se muito na zona rural, mas as cidades não estão isentas.

Acredito que deveria existir a extensão do direito, neste caso o limite. Quando aprisionamos um pássaro, o tirando de se seu habitat. Nesse momento estamos extrapolando os limites, ou seja, anulando os direitos dado pelo criador a esse ser vivo. De viver livre, assim como nós.

 

Prisão de pássaro

 Belo brasão amarelo, que estampas meu peito, não permitas que meu amor se desprenda da corrente que me enrijece.

Vigie, para que ela não se deixe romper pela força da serpente que lhe envolve por completo, agora.

Água nascente que escorre pelo rio abaixo, solta, leve, livre.

Sangue que desce do corpo como suor, doído, agruras da vida.

Não permita que a paixão que me queima como fogo, ardente, forte

se esfrie com o tempo, como se esfria ao recanto algo sem encanto, sem amor.

Não desejo perecer, ou ser, pássaro ao relento, sem assas para bater.

Não se engane ao acariciar meu ser, de um jeito que a escuridão seja luz,

e o medo me façam esquecer, apagar a chuva de meu âmago, chama do meu ser.

Que seja perene, o fervor do coração, escondido atrás do peito que estampas, oh brasão.

Ardendo como fogo, destrói tudo pela frente, como larva fervente de um grande e imenso vulcão. Meu canto é belo, único. Sofrido, prisão. 

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