A Noite


Olá, estou de volta. O que temos aqui. Vamos de pequenos textos. Hoje, temos a oportunidade de conhecer o poema “A noite”.  A versão da filosofia por não suportar a indefinição, o abstrato e o subjetivo. Viaja nas suas emoções e se apega a coisas grandiosas de seu contexto. Diz não entender o abstrato, mas navega nas linhas dos pensamentos mais profundos e indefinidos da vida. 

Ao amanhecer, levanta sonolento procurando algo com o olhar, sem sucesso. Não está mais lá, em nenhum lugar. Procura, corre até a porta, ligeiro sem pensar. Ainda fechada, abre devagar. Ruído é alto, incomoda, sente a brisa beijar seu rosto ilibado. Assustado tenta recordar, como foi bom. Ruim não é opção, melhor é não citar. O dia avança rápido com largas passadas. São quase 11 da manhã e penso em voltar. Voltar a dormir, quem sabe sentir o calor de outrora. Novamente ao seu lado, agora. Mas sabe que não é assim. Acordar não lhe fez bem. Acredita nisso. Desorientado se deixa levar pelos devaneios da vida, de sonhos e pesadelos. Fantasias de uma época. Um lugar, sorvete de morango, que toma. Saia que o vento levanta e rir. Algo que gosta e ama. Cúmplice dos sonhos da vida, essência de um ser de verdade. Culpa que não tem, nem sente. Astenia de sua vida que o faz perguntar: Por que partiu sem dizer nada, se foi, desistiu? Mas e o café da manhã, acompanhado, celebrado, unido, bem preparado. Escolhido a dedo, de primeira linha. Animado, suado, dedicado. Feito a minha maneira, dado, amado, assim afinado. Ironicamente acorda cedinho, corre até a cozinha, de pressa, na hora. Prepara com carinho, faz com amor. Mamão bem cortado, melão, melancia, pedaços de banana da terra, fatias de queijo à vontade. Café, leite, suco de frutas, tudo espalhado. Pão quentinho, bolo fatiado, brisa do mar. Feito com carinho, ovo estalado, fresquinho. Da granja do vizinho. Tudo lá. Um banquete preparado. Pena, tudo isso em vão. Já se foi, nem viu. A mesa repleta de coisas deliciosas, coloridas como um arco íris de emoção. Só lhe resta agora, como ontem e ontem de ontem, pegar a xícara, separar o pão, sentar-se à mesa, tomar seu café da manhã, e então. Já paciente, certo de que a noite será com antes é hora de aguardar. O tempo passa, marca a ampulheta, se alegre, esquente, prepare, viva. Tente novamente. 

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